22. Inocência

22. Inocência

Tagarela, o menininho se sentia à vontade em qualquer lugar e, embora com apenas dois anos, participava, a seu modo, dos encontros a que o pai o levava – em passeios e, até mesmo, em compromissos profissionais.

Naquela tarde de sábado, terminado o churrasco, os homens continuavam bebericando sentados à mesa. Querendo exibir mais um pouco o desembaraço do filho, o pai o chamou para perto e perguntou, depois de lhe soprar o rosto: Que cheiro é este?.

Para seu espanto, em vez de responder, como sempre fazia: Cheirinho de cachaça, o menino gritou: Cheiro de cocô!.

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