23. A outra mamãe

23. A outra mamãe

A Mãe, apaixonada por seus pequenos, passava o tempo possível em jogos e brincadeiras na companhia deles. Brincavam de esconder; tá quente, tá frio; que música é essa?; pega-pega; e terminavam sempre num longo abraço coletivo.

Nessas horas, costumava dizer: Amo! Amo! Amo! Se não fossem meus eu pegava, amassava, ficava pra mim! As crianças se entreolhavam entre risonhas e preocupadas.

Naquele dia, quando ela mais uma vez repetiu o refrão, um deles, com toda a seriedade retrucou: Mas, Mamãe, você não podia fazer isso: a outra mamãe ia ficar triste! Um novo abraço, comovido e demorado, os reuniu mais uma vez.

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