A paixão da tia Iraci era o Bernardo. Agora com seis anos, Bernardo afirmava a todos que era pré-adolescente. Como também tinha a tia como um alguém muito especial, com ela conversava sobre todas as coisas que lhe interessavam. Gostava de acompanhá-la nas compras e nos projetos.

A tia Iraci contou ao Bernardo que pretendia trocar de carro. Animado, ele assegurou a ela que iria ajudá-la nos gastos: Tenho um cofrinho cheio de moedas.

Chegou o dia da compra. Tia Iraci chamou Bernardo: Vamos! Você vai me ajudar a escolher o carro. Já pegou o dinheiro?. Bernardo respondeu categórico: De jeito nenhum. Meu dinheiro eu não dou. Que que é isso? Você ia me ajudar? Pois é… não vou.

Foram-se os dois para a loja de veículos. Bernardo olhou tudo ao redor, opinou, alegrou-se com a compra. Enquanto a tia arrematava os detalhes, aproximou-se dela e, buscando cumplicidade, disse baixinho: Sabe por que eu não vou dar meu dinheiro? Mamãe disse que todo o meu cofrinho não ia ajudar nada…