19. A Bisa

19. A Bisa

Diogo se preparava (ou era preparado) pela mamãe e pela vovó para fazer uma demorada viagem em família – papais, avós e o pequeno.

Todos antecipavam pagamentos, organizavam agendas, delegavam à Bisa a solução de possíveis imprevistos. Aliás, a Bisa e o Diogo mantinham uma relação de profunda cumplicidade, alimentada pelo fato de morarem em apartamentos contíguos com portas permanentemente abertas quando a
Bisa estava em casa e por manterem mútuos segredos.

Os pais e avós (todos muito jovens) não haviam percebido o olhar intrigado de Diogo. Compras feitas, malas prontas, recados anotados, Diogo ouve a mãe dizer que não havia por que se preocuparem, já que a Bisa tomaria conta de tudo.

Aproxima-se da mãe e pergunta: A vó Miilu não vai junto?. Não, ela precisa ficar para atender os negócios. Os três anos de Diogo não conseguiram entender: Mas a vó Miilu não é da família?.

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